Recentemente tem aumentado a demanda de empresas interessadas em aquisição de testes de COVID para aplicação na sua própria força de trabalho.
Ofertas não faltam e é possível identificar no mercado, produtos de origens nacionais e internacionais.
Já no início da pandemia, enquanto as autoridades sanitárias estavam tentando regrar a nova demanda, a comercialização e as negociações já corriam soltas, tentando obter fatias de carregamentos que vinham da China e da Europa.
Instintivamente, a ideia era tentar fugir da temida “intermediação” de distribuidores. Comprar direto do fabricante e, de preferência em escala, poderia ser muito lucrativo e promissor.
Quanto maior o número de doses, melhor o preço unitário.
Não era difícil encontrar tentativas até de compras em conjunto (várias empresas) para que as condições fossem mais atrativas.
Em resumo, muita gente enxergando como commodity um produto (os testes em geral) que nada tem de simples e que deve ser adquirido por quem tem competência técnica e estrutura para manipulá-lo.
A aplicação de um teste ou de uma vacina (somente para exemplificar) não é um evento isolado, é um processo. E como processo, existem etapas a serem cumpridas (ancoradas em protocolos) e responsáveis técnicos.
De uma maneira simplificada, é possível identificar estas fases, levando em conta, por exemplo, um teste já que foi aprovado pela ANVISA e que já está em situação regular, para ser comercializado por um laboratório formal. Veja abaixo:
- aquisição do agente imunobiológico
- registro do lote e procedência
- controle das condições de armazenamento
- controle das condições de dispensação
- treinamento específico da equipe que aplicará o teste, conforme instrução do fabricante ou de agente credenciado tecnicamente para tal
- aplicação do teste
- rastreio da amostra aplicada
- interpretação da amostra
- reaplicação do teste a depender do tipo de falha de amostra colhida
- formulação do resultado
- notificação formal às autoridades sanitárias em caso positivo (no caso da COVID-19)
- conduta protocolar definida para casos suspeitos de falso positivo ou falso negativo, a depender do tipo de teste aplicado.
Como se pode verificar, trata-se de um processo com etapas definidas e críticas, devendo ser aplicado e controlado do início ao fim, com atribuição de uma responsabilidade técnica profissional específica, que domine todas as fases, tendo ascensão hierárquica e técnica sobre elas.
Por isso, é totalmente desaconselhável promover ações ou qualquer etapa de maneira estanque (apartada do processo) porque, a depender de eventuais consequências de resultados e outros desdobramentos, o controle das variáveis será difuso e incerto. Portanto, sem critérios, a empreitada será passível de falha.
Em outras palavras, não vale a pena assumir este risco.
Entregue a tarefa para alguém que seja competente para isso e autorizado pelos órgãos reguladores.
Se quiser saber um pouco mais sobre o assunto, confira o artigo:
Caso tenha dúvidas sobre os teste ou sobre a forma correta de retorno às atividades das empresas, entre em contato conosco.
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