A Organização Mundial da Saúde (OMS), em 24 de novembro de 2021, declarou um novo ponto de preocupação na saúde mundial: a nova variante do vírus SARS-CoV-2, denominada Ômicron, que causa a Covid-19 (a B.1.1.529).
Em Botswana e na África do Sul, foram os países onde os primeiros casos foram detectados. Ainda não existem estudos conclusivos que descrevam a severidade da infecção ou até mesmo a facilidade de transmissão, porém a OMS classificou o vírus como Variante de Preocupação.
Assim, a subvariante está se tornando uma cepa dominante no mundo e, na esteira, o Brasil também já registra ocorrências. Por ser recente, ainda há diversos pilares de dúvida que precisam ser respondidas, como, por exemplo:
Ômicron já é variante dominante no Brasil?
O que significa ômicron?
O que se sabe sobre a variante ômicron?
O que a variante ômicron causa?
Como prevenir ser infectado pela variante ômicron?
As vacinas funcionam contra o Ômicron?
Quem já teve a Covid-19 está mais protegido da variante Ômicron?
Os testes atuais de COVID-19 detectam a Ômicron?
Boa leitura!
LEIA TAMBÉM: Qual a diferença entre a ômicron e a H3N2?
Ômicron já é variante dominante no Brasil
O Brasil continua em alta com maior número de infecções por causa da variante ômicron. Em janeiro de 2022, a média móvel de casos atingiu 110.047.
Segundo o ITpS (Instituto Todos pela Saúde), a ômicron representa 98,7% dos casos de covid no país, são dados que colocam a variante como dominante, sendo responsável por mais da metade das infecções no Brasil.
O mais recente mapa de frequência do Programa de Vigilância de Sars-CoV-2 da Rede Corona-Ômica-BR-MCTI mostra os 13 estados brasileiros onde o vírus já é dominante:
Acre;
Ceará;
Goiás;
Minas Gerais;
Mato Grosso do Sul;
Mato Grosso;
Paraná;
Rio de Janeiro;
Rio Grande do Norte;
Rondônia, Rio Grande do Sul;
Santa Catarina;
São Paulo.
A predominância nesses estados é de 90% a 100% dos casos positivos confirmados por RT-PCR na primeira semana de janeiro de 2022.
O que significa ômicron?
Quando as primeiras variantes do coronavírus começaram a aparecer, os cientistas adotaram um sistema para classificá-las. O Sars-CoV-2, por exemplo, foi identificado na China, em Wuhan, e se tornou a linhagem A.
Com isso, conforme surgiam novas mutações, elas eram registradas por esse código. Assim como foram a variante A.1, a A.2, a B.1.1, a C.30.1 e assim por diante.
Porém, a longo prazo esse sistema ficou confuso, pois eram uma sequência de números e letras que causavam uma grande falta de entendimento sobre os vírus, principalmente para quem não é especialista da área.
Esse foi um dos fatores que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a criar diferentes critérios de identificação:
As variantes de preocupação (conhecidas pela sigla em inglês VOC).
As variantes de interesse (VOI) passaram a ser nomeadas de acordo com o alfabeto grego.
Vale destacar, que além da praticidade, a OMS também se preocupou em criar esse método para evitar preconceitos e comentários xenófobos, que relacionavam a variante com o seu local de origem.
O que se sabe sobre a Ômicron?
Embora a Ômicron seja vista como mais “leve”, o Ministério da Saúde reforça a seriedade com a doença, destacando que não deve ser descrita como branda, já que existem casos de pessoas que vieram a óbito em todo o mundo.
O cenário epidemiológico atual é baseado na alta transmissibilidade da variante, razão que fez a Organização Mundial da Saúde denominá-la como uma Variante de Preocupação (VOC). Recentes estudos revelaram que o pico e período de maior transmissibilidade ocorre entre três dias.
Assim, essa nova descoberta é diferente do que vinha sendo considerando, que apontava o momento de maior concentração do vírus 24 horas antes dos sintomas.
O Observatório Covid-19 da Fiocruz está realizando um monitoramento de internações, perfil demográfico e transmissão de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no país. Desde a primeira semana de janeiro, houve um aumento no número de casos: média de 49 mil por dia.
Comparado com o início de dezembro de 2021, houve um aumento de seis vezes no número de diagnósticos. Além disso, houve uma crescente também nos pacientes mais jovens, tanto para internações quanto para óbitos, bem como as internações de crianças com até 2 anos.
O que a variante ômicron causa?
Explicando um pouco sobre sintomas e ações do vírus, ainda sem uma exatidão precisa sobre a variantes, o que se sabe é que o Ômicron tem uma maior capacidade de transmissão, mais reinfecção, mas menos gravidade.
Um estudo realizado pela HKUMed (Faculdade de Medicina da Universidade de Hong Kong) analisou a capacidade de replicação da variante ômicron e indicou que ela pode ser de fato mais transmissível, mas como ações infecciosas menos severas. Um fator de preocupação é a alta transmissibilidade: isso significa que diversos setores afetados, como os hospitais, com profissionais afastados, serviços essenciais, transporte público, escolas, entre outros.
A OMS já relatou que ainda não conseguiu traçar um perfil sintomático preciso do vírus, desde apresentar sintomas até a gravidade clínica. Porém, em alguns casos as queixas dos pacientes são similares:
Cansaço extremo;
Dores pelo corpo;
Dor de cabeça;
Dor de garganta
Perda de olfato ou paladar.
Apesar da maioria apresentar quadros leves, um outro ponto de similaridade é que muitos dos pacientes com sintomas da ômicron não foram vacinados.
Como prevenir ser infectado pela variante ômicron?
No momento, o principal método de prevenção é a vacina na periodicidade indicada por cada fabricante.
Vale sempre estar atento aos cuidados propostos pelos órgãos de saúde, como evitar aglomerações, ambientes fechados, sempre utilizar máscaras de proteção e higienizar as mãos com água e sabão ou álcool em gel.
Neste momento, a coisa mais importante é reduzir o risco de exposição ao vírus. Então, certifique-se de:
Usar a máscara cobrindo o nariz e a boca.
Assegurar que suas mãos estão limpas quando você colocar e tirar a máscara.
Manter a distância física de pelo menos um metro dos outros.
Evitar ambientes com ventilação baixa e espaços com muitas pessoas.
Abrir as janelas para melhorar a circulação do ar.
Lavar suas mãos regularmente.
Acompanhe as notícias e as datas das vacinas aprovadas pela OMS.
As vacinas funcionam contra o Ômicron?
Um dos grandes questionamentos é sobre as vacinas contra o Ômicron. A Anvisa já solicitou aos desenvolvedores que abastecem o país de vacinas contra a Covid-19 que analisem esse impacto na eficácia de seus imunobiológicos. Inicialmente, acredita-se que as doses que já estão disponíveis devem atender a essa demanda contra doenças graves, hospitalizações e mortes mesmo em casos de infecção pelo Ômicron. Com isso, a Agência reforça ainda mais a importância de cumprir toda a jornada de vacinação, incluindo as doses de reforço.
Quem já teve a Covid-19 está mais protegido da variante Ômicron?
Segundo a OMS, pessoas que já foram infectadas podem voltar a ser contaminadas mais facilmente com a Ômicron, em comparação com variantes anteriores. Porém, pelo pouco tempo de pesquisa a informação ainda não é dada como garantida.
Os testes atuais de COVID-19 detectam a Ômicron?
Sim, os testes de PCR (Proteína C-reativa) podem detectar casos de Covid-19, incluindo a Ômicron. Mas, ainda existe um ponto de evolução nas pesquisas para avaliar se existe um impacto sobre outros tipos de testagem, incluindo os testes rápidos de antígeno.
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